O projeto de paisagismo do Conjunto Porã foi concebido sob diretrizes conservacionistas, de condicionamento microambiental por meio do paisagismo e de integração do empreendimento em um sistema ecológico mais amplo, onde tanto as áreas permeáveis convencionais quanto as áreas em verticalização servem de receptáculo para as composições paisagísticas.
A conformação dos blocos arquitetônicos fez com que fosse possível a criação de diversos módulos paisagísticos onde a vegetação espontânea e a utilização de espécies pertencentes à flora nativa tornam-se elementos prioritários na conformação dos espaços.
Figurativamente, é como se o bloco arquitetônico fosse parte do meio natural e monumento determinante dos micro-ambientes, onde as cotas mais baixas se assemelham aos vales hidromórficos e as áreas sobre a edificação, aos campos rupestres, sendo estas formações naturais antagônicas quando se descreve o meio natural do bioma da Mata Atlântica.
Esta maneira de interpretar o espaço garante a criação de lugares onde a espontaneidade das formações é respeitada e tomada como partido de criação, obtendo-se um resultado de grande beleza cênica e integrado ao meio natural.
A escolha dos espécimes arbóreos teve como propósito biológico a criação de diferentes estratos florestais presentes no meio natural, além de buscar atender a avifauna local e condicionar as condições microclimáticas das áreas de sub-bosque.







conclusão projeto: 2019
conclusão execução:
local: São Paulo-SP
arquitetura: Incorporação 011 Inc